top of page

Sobre o Catolicismo, o Liberalismo e o Socialismo: Uma Introdução a Magnum Opus de Donoso Cortês - O Catolicismo.

Atualizado: 4 de mar.


 

Donoso Cortés (1809–1853) foi um pensador, político e diplomata espanhol cujas ideias marcaram profundamente o pensamento tradicionalista católico do século XIX. Donoso Cortés foi um defensor fervoroso do papel central da Igreja Católica na vida pública e no governo das nações. Ele acreditava que a sociedade só poderia alcançar a verdadeira paz e ordem se fosse guiada por princípios transcendentais, enraizados na fé cristã. Sua obra mais conhecida, o "Ensayo sobre el catolicismo, el liberalismo y el socialismo" (1851), é uma defesa vigorosa da superioridade do catolicismo sobre as ideologias seculares emergentes.


Para Donoso, o liberalismo era especialmente pernicioso porque representava uma tentativa de conciliar a verdade (a religião) com o erro (o secularismo e o relativismo). Ele o via como um estágio intermediário que inevitavelmente levaria ao socialismo, o qual, em sua visão, seria o colapso completo da ordem moral e espiritual.


Outro elemento fortemente presente no pensamento de Donoso Cortés é a rejeição vigorosa da ideia do Estado laico, que ele considerava uma afronta à soberania de Deus e uma fonte de desordem social. Donoso afirmava que a separação entre Igreja e Estado era uma ilusão perigosa, pois todos os sistemas políticos, em última análise, têm uma base teológica ou religiosa, explícita ou implícita. Um Estado laico, em sua visão, não seria verdadeiramente neutro, mas sim hostil à religião, promovendo o secularismo como sua própria forma de "religião".


Para Donoso, um Estado que exclui Deus de sua vida pública está fadado a cair no despotismo, pois perde seu fundamento moral. Sem a autoridade divina para guiar os governantes e sustentar a ordem social, o poder humano tende ao autoritarismo, enquanto as massas, desprovidas de orientação espiritual, tornamse vulneráveis ao caos.


Neste artigo, faremos uma análise pormenorizada da obra de Donoso Cortés já citada e como, a partir da reflexão do autor, podemos entender o mundo moderno e fundamentar princípios que guiem uma filosofia política conservadora que não seja apenas reativa, mas propositiva. Neste início, partiremos do Libro Primero.


Donoso Cortés cita uma ponderação feita por Proudhon no seu Confissões de um Revolucionário, em que o autor salienta que todas as questões políticas discutidas pelos revolucionários anarquistas sempre acabavam esbarrando na teologia. Ela, como a ciência de Deus, abarca todas as outras ciências.


Tudo que há, há pela ordenação divina que estão nele que é Ato Puro – detém todas as potencialidades em ato, aqui doutrina de São Tomás de Aquino –. Como Ato Puro, Deus é a causa de tudo o que existe, pois Ele é o fundamento do Ser e a origem de todo movimento e mudança no universo, e fundamento de todo o elemento de ordem que deriva as leis da natureza. “Tudo o que vive encontra ali as leis da vida; tudo o que vegeta, as leis da vegetação; tudo o que se move, as leis do movimento; tudo que tem sentido, a lei das sensações; todo aquele que tem inteligência, a lei do entendimento; todo aquele que tem liberdade, a lei das vontades.” Desta forma, pode-se afirmar, sem cair no panteísmo, que todas as coisas estão em Deus e que Deus está em todas as coisas. (Ensayo sobre el catolicismo, el liberalismo y el socialismo).


Donoso Cortés nos mostra que toda sociedade possui fundamento religioso e aquelas que as perdem decaem, perdendo a compreensão de verdades eternas – explica muito o relativismo presente no mundo moderno e sua derivção, que é ao mesmo tempo ruptura e continuação: o mundo pós-moderno. Essa espécie de consenso, pelo menos até o século XVIII, perpassa por autores dos mais variados períodos históricos e contextos: “De acordo com Xenofonte (sobre Sócrates), “as cidades e nações mais piedosas sempre foram as mais duradouras e mais sábias”. Plutarco afirma (Contra Colotés) que “é coisa mais fácil fundar uma cidade no ar do que estabelecer uma sociedade sem a crença nos deuses”. Rousseau, no Contrato Social (1.4 c.8), observa que “nenhum Estado jamais foi fundado sem que a religião servisse de fundamento”. Voltaire diz (Tratado sobre a Tolerância c.20) que “onde existe uma sociedade, a religião é absolutamente necessária”.” Vemos aqui que, de gregos pagãos (Sócrates e Plutarco) a iluministas anticlericais (Rousseau e Voltaire), todos reconhecem que sem religião não há “pólis”.


Omnis humanoe societatis fundamentum convellit qui Religionem convellit.


Aos tempos em que vemos apagamentos da religião, mesmo assim Deus não tira dos homens a inteligência. A diminuição da fé resulta em uma perda da verdade, mas não necessariamente da inteligência. Deus, em sua justiça, pode negar a verdade àqueles que se afastam da fé, mas não lhes tira a vida ou a capacidade intelectual. Sociedades que abandonam a busca pela verdade divina em troca da exaltação do intelecto são condenadas ao declínio – e aqui não é uma apologia ao f ideísmo por parte de Cortés. O termo empregado na obra é engenho, ou seja, a capacidade criativa, intelectual e o talento humano, especialmente no sentido de inventividade e brilhantismo. No entanto, o autor utiliza a palavra de forma crítica, ao associá-la à exaltação do intelecto humano desvinculado da verdade divina e da fé. O engenho, quando idolatrado como fim em si mesmo, leva à decadência espiritual e moral das sociedades. Ele contrasta essa adoração ao engenho humano com a busca pela verdade divina, afirmando que sociedades que priorizam apenas a genialidade e a criatividade intelectual, sem a orientação da fé, acabam sucumbindo aos erros, aos sofismas e às revoluções. A falta de fé leva ao surgimento de sofismas, revoluções e violência – sobre a leva de sofismas e revoluções, essa é a história das experiências do final do século XVIII à primeira metade do século XX. A radicalização do antropocentrismo da Renascença levou ao secularismo e ao ódio à Igreja e à consolidação das filosofias imanentistas e escatológicas. Trazendo um pouco de Voegelin para a discussão, os sofismas iluministas e marxistas, ambos solapando a verdade religiosa, por meio de homens de notável inteligência, estabeleceriam, por meio do esclarecimento e da razão, um mundo de perfeições no destino final da humanidade, numa espécie de gnosticismo secular. Rejeitam o transcendente religioso tradicional, mas ainda adotam uma postura de "iluminação" ou busca por um conhecimento cientificista, materialista e imanentista como forma de libertação. O mundo prémoderno se assemelha ao Demiurgo da gnose tradicional, e o mundo perfeito do conhecimento científico e racional sepultaria esse passado obscuro. Assim concebem o mundo o liberalismo e o comunismo, as ideologias que venceram, e seu filho mais rebelde, o nacional-socialismo. E dessa gnose imanentista, sem Deus e sem transcendente, temos as revoluções, e dai, entendemos o banho de sangue dos últimos duzentos anos, em que se matou mais que qualquer período anterior da história. A Idade Média teve mil anos, o mundo das ideologias da gnose secular matou; a Antiguidade durou três mil e quinhentos anos, o mundo das ideologias da gnose secular matou mais; a Renascença durou trezentos anos, e mesmo já sendo um prelúdio desse mundo, a teologia estava parcialmente colocada como elemento central do mundo europeu, e o mundo das ideologias da gnose secular matou mais.


Donoso Cortés nos mostra brilhantemente que toda a sociedade afirma Deus, mesmo que o negue. Portanto, Deus é proclamado mesmo quando aqueles que o rejeitam dizem odiá-lo, mesmo quando as ciências humanas e políticas limitam suas discussões em separado da teologia; ela estará lá.


O autor nos mostra brilhantemente como impérios caem quando se perdem na ausência da religião. Donoso nos leva a Roma e sua cultura religiosa, que é ao mesmo tempo ocidental e oriental.


A grandiosa divindade oriental, imponente e austera, se fragmenta e perde sua unicidade: o que era um, agora é múltiplo. No Oriente, a divindade era imóvel; no Ocidente, a multiplicidade está em constante movimento. Lá reinava o silêncio; aqui, há barulho, ritmo e harmonia.


No Oriente, a divindade transcendia o tempo e o espaço, enquanto no Ocidente, os deuses têm origens claras e cabem, simbolicamente, no topo de um monte. A paz eterna do deus oriental contrasta com o caos e a agitação do panteão ocidental. Essa transformação também afeta a política: no Oriente, todas as multidões formavam um único império; no Ocidente, cada cidade é quase um império por si só. Onde havia um deus, havia um rei; onde há muitos deuses, há uma confederação de cidades.


Esse mundo múltiplo e desordenado reflete a fusão entre o divino e o humano. Os deuses do Ocidente têm traços terrenos e humanos, enquanto os homens se aproximam do heroico e do divino. Os deuses ensinam grandeza e beleza, mas absorvem os vícios e disputas humanas. Haverá heróis de virtude e fama, mas também deuses envolvidos em intrigas, como incestos e adultérios.


O povo ocidental, emocional e cheio de energia, será famoso por seus poetas e artistas, vivendo para o espetáculo. Para eles, a vida é bela na medida em que reflete a glória, e a morte só é terrível se trouxer o esquecimento. Sensuais até o âmago, buscam o prazer na vida e aceitam a morte de bom grado, se cercados de beleza. A proximidade com seus deuses os torna vaidosos, imprevisíveis e falantes. Sem reverência pela divindade, faltam-lhes seriedade, constância e determinação.


O Oriente, para eles, parece uma terra de sombras ou de estátuas imóveis. Por outro lado, o Oriente os vê como uma sociedade efêmera, com vidas curtas, glórias passageiras e uma mentalidade infantil. Para o Oriente, a grandeza está na permanência; para o Ocidente, no movimento. Assim, a teologia, a história e o temperamento grego são inseparáveis, partes de uma mesma essência.


A história de Roma reflete a fusão entre influências orientais e ocidentais. Seus deuses e sistemas políticos combinavam a austeridade e permanência do Oriente com o dinamismo e multiplicidade do Ocidente. Roma assimilou características de culturas conquistadas, como a severidade de Esparta, a cultura de Atenas e a grandiosidade de Babilônia, tornando-se uma síntese dessas forças. Seu poder dependia de seus deuses, e acreditava-se que uma cidade só poderia ser derrotada se abandonada por suas divindades. Roma caiu porque sua teologia se esgotou, evidenciando o papel central da religião em sua grandeza. Dividindo o controle humano e divino entre Júpiter e César Augusto, Roma atingiu uma majestade incomparável, submetendo o mundo e trazendo um período de ordem e silêncio.


Roma caiu porque seus deuses caíram; seu império terminou porque sua teologia se esgotou. Assim, a história reforça um princípio fundamental na consciência humana: a religião é a base do poder e da existência


Com a vinda de Cristo, uma nova concepção de teologia no âmbito político se dá. Não mais os reis-deuses, mas os reis permitidos por um Deus. Separou-se Deus da autoridade política, não uma separação laicista como na sociedade pósiluminista, mas da concepção de que homens e deuses compartilhavam entre si a divindade. Separaram-se as potestades; Cristo é o Uno, é Deus Supremo, o governo que reina o poder espiritual. César, a potestade temporal. No Evangelho de João (18,36-37), Jesus declara que seu Reino "não é deste mundo", mas Ele é, de fato, Rei. No Apocalipse (19,16), Jesus é chamado de "Rei dos reis e Senhor dos senhores". Ou seja, o rei do poder temporal está subordinado ao poder espiritual. Assim diz Donoso Cortês: “Quanto aos impostos, quando questionado sobre o assunto, deu aquela famosa resposta com que desconcertou os curiosos ao dizerlhes: “Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”; o que equivale a dizer: "Deixo-te o teu César e tiro-te o teu Júpiter."


A crucificação de Cristo afirmou essa teologia cristã e mudou profundamente o mundo histórico e teológico, cumprindo as profecias de Mateus 24:1-2, Marcos 13:1-2, Lucas 21:5-6 e Lucas 21:20-24: “Em verdade vos digo: Não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.” (Mateus 24:2); “Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem.” (Lucas 21:24)


Daí temos: Abalos na ordem social e religiosa (a destruição de Jerusalém e a diáspora do povo judeu). Transformações espirituais e culturais (o surgimento de uma nova moral e a adoção do Cristianismo). Uma inversão de poder, com governantes humildes e a Cruz triunfando como símbolo universal.

Cristo fundou uma Igreja, a Santa, Una, Católica, Apostólica e Romana. Ela fundou a civilização cristã, a chamada Cristandade, sob as ruínas de um Império Romano destruído pelos bárbaros. Coube à Igreja converter os bárbaros: rei Clóvis dos Francos com São Remígio; Carlos Magno e os germanos com São Bonifácio, entre outros. Assim, foi fundada uma nova civilização, herdando e preservando o que havia de bom em Roma. Os mosteiros preservaram os clássicos gregos, especialmente Sócrates e Platão, e a perfeição da Cidade de Deus em Santo Agostinho como inspiração para a imperfeita Cidade dos Homens.


Uma civilização fundamentada na religião universal, a Católica, que abrange todas as verdades e tem em Deus o absoluto, até mesmo se compararmos com as demais teologias, como observa Cortês: “O Deus vivo é um em sua substância, como o índico; múltiplo em suas pessoas, à maneira do persa; como os deuses gregos, ele tem atributos variados; e por causa da multidão de espíritos (deuses) que o servem, ele é uma multidão à maneira dos deuses romanos.”


O pensamento de Donoso Cortés destaca uma ruptura essencial entre a concepção de poder no mundo antigo e a visão cristã medieval. No mundo antigo, especialmente em culturas como a grega e a romana, os governantes frequentemente eram vistos como seres divinos ou semi-divinos, estreitamente associados às divindades que representavam os aspectos humanos e suas vicissitudes. Esse cenário criava uma relação simbótica entre o humano e o divino, diluindo as fronteiras entre governantes e deuses.


A Cristandade trouxe uma profunda mudança ao estabelecer que a autoridade legítima reside não no próprio homem ou na matéria, mas em Deus, que transcende a realidade criada. A citação de São Paulo – Non est potestas nisi a Deo ("Não há poder que não venha de Deus") – sintetiza essa nova ordem. O poder temporal passa a ser subordinado à autoridade espiritual, reconhecendo que o governo deve ser um serviço à vontade divina e não uma imposição tirânica sobre os homens. Com isso, o governante não é mais visto como a própria fonte de legitimidade, mas como um administrador que age sob o consentimento de Deus e, consequentemente, do povo.


Esse paradigma cristão inaugurou a era dos "reis piedosos", monarcas que entendiam sua função como serviço e submissão à lei divina. Exemplos como São Luís IX da França, Ricardo Coração de Leão e Eduardo, o Confessor, ilustram essa f igura do governante que busca unir poder temporal e piedade espiritual. Esses reis não governavam pela força bruta, mas pela inspiração de uma autoridade superior que legitimava suas ações.


Donoso Cortés critica, assim, qualquer poder que rejeite a submissão à ordem divina, pois um governo que se apoia exclusivamente na realidade caída e limitada do homem carece da verdadeira autoridade. Ele distingue entre poder e autoridade: o poder é a capacidade de impor à vontade, mas a autoridade verdadeira deriva de Deus, que é a fonte do bem, da verdade e da justiça. Essa visão resgata a centralidade do transcendente como fundamento de uma sociedade harmoniosa, onde o temporal serve ao eterno e o humano busca no divino sua plena realização.


Donoso Cortés vai nos mostrar que não só a Cristandade apresentou uma nova relação da potestade terrena e da potestade divina, mas estendeu à própria família. A família também se torna um elemento que existe em razão do transcendente. Nos tempos da Cristandade, a família se elevava do natural ao espiritual, transcendendo sua dimensão material e tornando-se um reflexo das virtudes religiosas. Nesse contexto, os lares se conectavam às práticas devocionais dos claustros, simbolizando um mundo onde a hierarquia espiritual era respeitada e onde a reverência à autoridade paterna e materna apontava para um relacionamento mais amplo com Deus.


Podemos destacar como Donoso Cortés contrasta a “família ideal” e a família moderna, ou “anticatólica”, marcada por relações efêm eras e desordem. Quando a civilização católica entra em decadência, os laços familiares se enfraquecem, os papéis de pai e mãe se tornam distantes e formais, e a reverência dos filhos é substituída por uma familiaridade desordenada e desierárquica. Temos aqui uma premonição de Donoso Cortés da modernidade e da secularização, que rompem os laços espirituais e hierárquicos da família tradicional, promovendo uma família individualista – a família burguesa no cerne –, a ausência de hierarquia, e a substituição da família ordenada pelas “múltiplas formas de família” da cultura moderna que são arranjos artificiais, estranhos e antinaturais que abarcam do poliamor ao homossexualismo.


O que Cortés vai nos mostrar é essa centralidade da Igreja, da Cristandade, sob todos os pilares da realidade natural. Ela é o pilar que, sem ela, tudo desmorona. É ordem e continuidade (valores caros a um princípio conservador), e Donoso reforça essa perspectiva ao descrever a Igreja como um "órgão infalível de todos os dogmas" e "augusto repositório de todos os critérios". A instituição é apresentada como a fonte última de sabedoria, caridade e redenção, exercendo um papel central na orientação espiritual e moral da humanidade. Nesse sentido, a Igreja é vista como o ponto de equilíbrio entre o temporal e o eterno, uma mediadora indispensável entre o homem e Deus.


E por fim, o pensamento de Donoso Cortés sublinha de forma brilhante os erros das concepções laicas da sociedade política humana. Nos mostra a inexistência histórica de uma sociedade política sem um princípio fundamentador e legitimador religioso. Toda sociedade humana se legitimou e existiu pela religião e tinha na religião o fundamento do Direito. A sociedade do iluminismo, do liberalismo, aquela que fez as revoluções no Ocidente durante o século XVIII e XIX, estabeleceu um estado antinatural que concebia uma realidade unicamente imanentista, fundamentada não em Deus, mas numa razão idealista, de um rationale hominem absolutum, que a única coisa que fez foi criar múltiplas religiões seculares fortemente dogmáticas (comunismo, nazismo, etc.) para preencher o caráter natural do homem como homo religiosus. Sublinha ainda que a sociedade política desvinculada de Deus é uma sociedade política ausente de fundamento; não há o fundamento das leis para a lei positivada do Estado; não há o fundamento do bem para guiar os governantes do Estado. Sobre esse último, os governantes, se a Cristandade concebia a potestade temporal como submissa à potestade espiritual, os governantes pós-iluministas dissolveram essa última na sociedade política e estabeleceu a potestade temporal como única legítima, Donoso Cortés oferece-nos uma reflexão profunda sobre essa questão sintomática da modernidade.



Autor: Eduardo Carvalho Eduardo Carvalho é graduado em Filosofia pela Universidade Estácio de Sá. É colaborador de conteúdo político do movimento Comunhão Popular e escreve análises sobre temas políticos e sociais da atualidade por uma perspectiva histórica e filosófica.


 

Videos indicados




Nossos parceiros



Leitura indicada



 
 
 

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Commenting on this post isn't available anymore. Contact the site owner for more info.
bottom of page